Às vezes parece até que se trata de um favoritismo tendencioso. Basta o nome de um diretor, de uma atriz ou até de uma franquia bastante conhecida e reverenciada para que cresça uma empolgação acima da média ao redor de um determinado filme, ainda mais para quem acompanha boa parte do trabalho de tais artistas a ponto de ter quase certeza que, com tamanho talento envolvido, a vindoura obra será muito boa, no mínimo. As campanhas de divulgação ajudam e muito nesse processo (tal como toda a euforia com qualquer trailer do Marvel Studios…), mas também podem esconder omitir fracassos e, por melhor que seja sua execução técnica e artística, nem sempre atraem o grande público.
Na seleção do Plano Extra de melhores longas-metragens do ano, considerei os títulos lançados no território brasileiro em 2017 e que aqui estão listados por seus devidos méritos, sejam eles explícitos ou implícitos, levando em conta também o poder de sua experiência coletiva no cinema.
10) Planeta dos Macacos: A Guerra
Em uma época onde excessos de reboots e remakes geralmente são sinônimos de decepção, é admirável que uma velha marca como Planeta dos Macacos correu por fora com seus três novos filmes e só cresceu a cada lançamento, principalmente graças ao sempre dedicado Andy Serkis e Matt Reeves, o diretor dos dois últimos títulos da trilogia. Documentos natos das melhorias da motion capture, foi com War Of The Planet Of The Apes que a série encontrou o seu melhor momento visual e também de linguagem cinematográfica, fazendo dos gestos e das imagens seus principais meio de comunicação com o público como pouco tem se visto ultimamente.
Nomeado para dirigir o próximo filme solo do Batman, Matt Reeves entrega uma direção digna de nota e que faz jus à escolha, agora acertadíssima. Muito além do seu domínio na condução das cenas de ação que já vinham se destacando no segundo longa, Reeves preza por composições visuais que vencem por seu significado e não apenas por sua estética, deleitando-se no uso do desfoque como artifício narrativo e em closes por vezes longos, porém necessários, para transparecer toda a carga de emoção contida nos olhos de macacos e humanos. O diretor também é ávido em preservar o silêncio das locações e a trilha de Michael Giacchino, novamente inspirado em criar músicas de instrumentação mínima tal como se parecia fazer lá na década do Planeta dos Macacos original, aguça o clima de guerra com toques tribais sem deixar de executar uma melodia que reverbera o constante sentimento de tristeza que assola a maior parte da narrativa.• Leia a crítica completa de Planeta dos Macacos: A Guerra
9) Como Nossos Pais
Não é sempre que temos a chance de conferir um filme brasileiro que se dedica tão bem, intensa e honestamente ao retrato da família brasileira como a diretora Laís Bodanzky e o co-roteirista Luiz Bolognesi fazem com Como Nossos Pais. Apresentando uma típica família paulistana e de classe média nada perfeita, mas sem intenção de demonizá-la, os cineastas buscam aqui a beleza pela simplicidade, pelos defeitos pessoais e seu consequente ato de se redimir no círculo vicioso que são os percalços da maternidade.
Com uma decupagem positivamente econômica que situa a câmera muitas vezes em posição observativa em prol da naturalismo das cenas, Bodansky extrai dos incidentes de seu extenso roteiro um humor subjetivo que se potencializa quando as ações encenadas tendem a ecoar com as situações particulares dos espectadores e, da mesma forma, alça os conflitos narrativos a partir de situações que, dentro da nossa esfera doméstica, parecem de grande importância quando, bem no fim, são apenas picuinhas […]. No mais, é interessante notar como o longa, novamente em sua sequência de abertura, traz reflexos com a atmosfera abafada e sonora de O Pântano, de Lucrecia Martel, assim como o recente É Apenas o Fim do Mundo em suas intrincadas relações familiares – não por menos, o enredo dos dois títulos circundam figuras matriarcais.
Em outras palavras, Anna Muylaert deveria ver este filme.
• Leia a crítica completa de Como Nossos Pais
Com uma decupagem positivamente econômica que situa a câmera muitas vezes em posição observativa em prol da naturalismo das cenas, Bodansky extrai dos incidentes de seu extenso roteiro um humor subjetivo que se potencializa quando as ações encenadas tendem a ecoar com as situações particulares dos espectadores e, da mesma forma, alça os conflitos narrativos a partir de situações que, dentro da nossa esfera doméstica, parecem de grande importância quando, bem no fim, são apenas picuinhas […]. No mais, é interessante notar como o longa, novamente em sua sequência de abertura, traz reflexos com a atmosfera abafada e sonora de O Pântano, de Lucrecia Martel, assim como o recente É Apenas o Fim do Mundo em suas intrincadas relações familiares – não por menos, o enredo dos dois títulos circundam figuras matriarcais.
Em outras palavras, Anna Muylaert deveria ver este filme.
8) Em Ritmo De Fuga
Provavelmente o filme mais queridinho dos cinéfilos em 2017, Baby Driver é uma verdadeira aula de montagem cinematográfica combinada com playlists de muito bom e saudoso gosto musical, comprovando também que, quando bem feitos, não tem como não se render com filmes de assalto.
Munido de um ótimo elenco […], [o diretor] Edgar Wright faz da primeira hora de Baby Driver uma das melhores coisas já vistas no cinema em 2017 ao decupar as cenas de forma tão criativa seguindo à risca cada batida, verso e gênero das canções, utilizando-as muito além da mera função transicional dentro da narrativa. São as vibrações das músicas que conectam o rapaz ao pai adotivo surdo-mudo, são as letras do seu nome cantadas por acaso por Debora na cafeteria que o incitam a uma paixonite desafiadora, é a duração de cada faixa no seu iPod que determina o tempo para o roubo e a consequente fuga – e se os capangas tardam a sair do carro, a música tem de recomeçar. Só assim Baby é capaz de realizar as manobras fenomenais que, aliadas à excepcional edição de Jonathan Amos e Paul Machliss (ambos egressos de Scott Pilgrim Contra o Mundo), não vão deixar nenhum espectador entediado tamanho espetáculo.
7) Corra!
Get Out definitivamente foi uma das gratas surpresas do ano e que não se resume apenas ao ótimo "protagonismo negro" no cinema com o ator Daniel Kaluuya e do diretor/roteirista Jordan Peele. O filme se mostra um ótimo exercício de suspense que não tem receios de abraçar o terror e a ficção científica nos momentos certos para, então, entregar um arco de vingança bem do jeito que a gente gosta, onde cada mínima informação jogada em cena será essencial para o desenrolar da história e que não se vê refém das cenas noturnas para impor o seu horror – e que não é lá tão coisa de ficção assim. Com o perdão do trocadilho, Corra para ver!
6) Moonlight: Sob A Luz do Luar
Aquele que, enfim, foi o ganhador do Oscar de Melhor Filme, Moonlight é uma obra singela e que, a todo momento, encanta por fazer mais com menos em prol de uma narrativa existencialista. Ainda que toda a sua modéstia tenha sido o seu grande diferencial na época das premiações, é uma pena que o filme fora um pouco esquecido com o passar dos meses muito provavelmente por sua introspecção e pelos seus temas secundários, mas não há dúvidas de que se trata de uma produção que não precisa de extravagâncias para se provar artisticamente bela e tátil.
Das pequenas descobertas que Chiron realiza, […], Moonlight segue sua narrativa com cenas que prezam pela simplicidade de sua montagem, deixando a câmera de James Laxton (Marcados Pela Guerra) nos guiar com movimentos leves e rodeando os personagens, tal como na cena de abertura onde somos apresentados aos contextos que circundam a população (sobretudo negra) de periferia dos Estados Unidos: no meio de uma negociação discreta, sirenes de polícia são ouvidas enquanto se vê, ao fundo, um possível meliante em fuga e tão logo vemos a perseguição das crianças já descrita anteriormente. Um ótimo trabalho de fotografia que se reflete também na escolha de cores de luzes significativas para seus capítulos: se a luz rosada emitida do quarto de Paula sugere um ambiente de luxúria, a residência de Juan e Teresa (Mahershalla Ali e Janelle Monáe, bem melhores do que em Estrelas Além do Tempo) é iluminada de forma a transmitir um conforto familiar do qual o protagonista dificilmente conheceu, enquanto todo o perturbador espaço colegial é marcado por uma iluminação fria intensa. Em contraste, os locais por onde o Chiron adulto (Trevante Rhodes) passa se encontram majoritariamente banhados com uma temperatura de luz quente, reafirmando o sentimento das falas e imagens presentes nas cenas em questão.
5) Blade Runner 2049
Há muito se especulava uma continuação de Blade Runner: O Caçador de Androides, mas Ridley Scott sempre adiava a favor de outro projeto que lhe parecia mais interessante – o que não quer dizer que tenham sido bem apreciados por aí. Com a direção caindo nas boas e habilidosas mãos do canadense Denis Villeneuve, o que se vê em Blade Runner 2049 é uma longa obra que fez crescer a experiência de seu original, utilizando os melhores recursos artísticos e tecnológicos possíveis. Assim, é realmente uma pena que o filme tivera uma arrecadação tão tímida na bilheteria, possível consequência de uma dedicação maior ao seu conteúdo contemplativo e reflexivo ao invés de ser um espetáculo de ação que não faltam tiros e explosões pra lá e pra cá.
Uma vez que o orçamento farto e o peso de Ridley Scott como produtor executivo tinham tudo pra gerar receios quanto ao filme se tornar uma continuação megalomaníaca (ainda mais julgando o desempenho de Alien: Covenant), acontece que todos os departamentos da obra são beneficiados, vide o ótimo design de produção que expande e atualiza o magnífico trabalho apresentado em 1982, os deslumbrantes efeitos visuais inseridos quando necessário em composições deveras artísticas (principalmente quando a excelente Ana de Armas e sua Joi entram em cena) até o elenco impecável cuja parcela feminina se destaca com mérito […].De praxe, Roger Deakins demonstra o que é desenhar com luz neste que já pode ser considerado um de seus mais expressivos trabalhos como diretor de fotografia. Ainda que se contenha em movimentos de câmera arrojados, afixando a favor da contemplatividade pretendida, Deakins utiliza as cores a fim de transmitir o estado de espírito dos personagens e os cenários por onde trafegam.
• Leia a crítica completa de Blade Runner 2049
4) Star Wars: Os Últimos Jedi
Logo quando poderia ter evidentes sinais de cansaço, o Episódio VIII de Star Wars veio e superou receios e expectativas com uma produção tão dedicada e caprichada que tudo em tela se projeta tão bem feito que é impossível não se emocionar. Ainda que muitas de suas escolhas narrativas sejam de desagrado de muitos fãs e que seja uma lástima que nem mesmo a Força pode nos trazer Carrie Fisher de volta, o filme merece suas honras por levar a fantasia sempre a sério e sem medo de se renovar – há uma aproximação maior com um drama introspectivo, assim como bem-vindos flertes com o surrealismo e a ficção científica.
Dando continuidade às inovações cinematográficas elaboradas por J.J. Abrams em Star Wars: O Despertar da Força, o diretor Rian Johnson esbanja confiança ao se arriscar em fazer muito mais do que planos bonitos com movimentos impressionantes da câmera de Steve Yedlin, como reinventar a linguagem consolidada da saga sem se abdicar de seus melhores elementos narrativos. Enquanto os peculiares efeitos de transição se mantêm constantes e a trilha sonora de John Williams continua lúcida e pontualmente apropriada (somando aí sua homenagem brasileira na cena do cassino), Johnson insere flashbacks com pontos de vista, planos em slow-motion, acelerados ou até mesmo ausentes de som, além de um uso inteligente de uma narração em voice over e cortes para planos gerais para mostrar, por exemplo, uma súbita trovoada sobre a ilha. Destaca-se também para o peso aplicado durante os combates, surpreendendo a marcialidade da guarda pretoriana de Snoke e toda a plasticidade conferida nas salinas alvo-avermelhadas do planeta Crait, cenário da melhor sequência de guerra do filme.
3) Bingo: O Rei das Manhãs
Não me cansarei de dizer que dificilmente na história se teve um ano tão bom para o cinema brasileiro como foi 2017 e torço muito para que isso seja uma constante daqui para frente. Teve produções de altíssima qualidade, de orçamentos modestos e para todos os gostos, frutos de novos e renomados cineastas dispostos a apagar aquele infame estigma de que nosso cinema não presta. Ainda que, para muitos, pareça lá com um formato Globo Filmes e que sua cena final seja um tanto destoante, Bingo: O Rei das Manhãs é a síntese atual de que nossos filmes podem emocionar e ter domínio da linguagem cinematográfica.
Se um dos êxitos de Bingo é justamente seu elenco que tira de letra performances tão marcantes quanto a do protagonista, em especial Leandra Leal, Augusto Madeira, Ana Lúcia Torre e o garoto Cauã Martins, é mais do que evidente que a narrativa arquitetada [pelo roteirista] Luiz Bolognesi muito trabalha a favor disso inserindo as ações e falas no momento certo além da sua habitual tarefa de reconstituir a época em questão. Dessa forma, incidentes envolvendo núcleos familiares não são tratados como muleta narrativa apenas para alcançar os "melhores momentos" da carreira do personagem, mas como o cerne dramático primordial que será influenciado pelas escolhas extremas do protagonista da sua ascensão até o seu declínio inestimado.Apresentando uma inteligente composição das cenas que recorrem aos closes e os picotes de planos para contraplanos apenas quando é necessário, [o diretor] Daniel Rezende conta com a virtuosa direção de fotografia de Lula Carvalho (As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras) para além da exposição de planos longos com movimentos de câmera ousados e seu desenho de luz bonito de se ver graças às confortáveis luzes quentes. A dupla também recorre ao simbolismo das luzes e das sombras e que fala muito mais do que qualquer fala ou diálogo, vide a perspectiva focada no iluminado retrato pintado de Marta (Ana Lúcia Torre) em seus áureos tempos e a expressiva saída de Augusto do estúdio com os refletores sendo apagados um por um, ecoando com um evento anterior relacionado àquele citado primeiramente.
2) Dunkirk
Ele pode ter extrapolado com Interestelar e fora um tanto quanto receoso com Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, mas é inegável que Christopher Nolan é um dos diretores populares mais ambiciosos da última década. Eterno simpatizante da experiência coletiva no cinema, Nolan faz de Dunkirk um filme de guerra bastante diferente do qual ficamos acostumados a ver com seu passo tão didático (essa foi pra você, Até o Último Homem); prevalecem-se imagens e sons acima das redundâncias descritivas em uma montagem de tirar o fôlego e que intensifica o suspense, ampliados nos fotogramas de grande formato.
Revelando uma narrativa que surpreende por seu uso mínimo de diálogos e sem se delongar nas explicações verbais que sempre foram o ponto fraco das obras do diretor, dizer que Dunkirk é um épico de guerra pode ser um termo equivocado tendo em vista o que Nolan realmente propõe para o seu filme. Apesar da grandiosa escala de produção, o longa se figura como uma espécie de thriller de sobrevivência, pois é assolador ver os soldados com tamanha moral baixa em que vitória mesmo é escapar de tiros e passar pela barricada francesa ou ainda ter a chance de embarcar na frente dos outros milhares de rapazes. Num perímetro onde a alteridade entrou em extinção, se preocupar com um coletivo é tarefa para os comandantes. Aqui se preza o instinto de sobrevivência acima de qualquer ideia sobre levantar flâmulas ou enfrentar o inimigo sem rosto definido.Hans Zimmer reforça a sensação de inquietude que assola a trama com uma trilha sonora que jamais recorre à fanfarras patrióticas ou qualquer tipo de instrumentação característica. […] Porém, de nada adiantaria uma marcante trilha se os planos filmados não estivessem de acordo tanto com a narrativa como com os ritmos das músicas, e aqui Nolan e o diretor de fotografia Hoyte van Hoytema fazem um trabalho de câmera deveras superior ao criado em Interestelar. Ao bem se apropriarem do alto escopo das películas de 70 e 65mm, há uma ocasional predileção por movimentos de câmera ágeis, pelo foco mínimo e por ângulos que reforçam a claustrofobia impulsionada pelo excesso de contingente nas embarcações ou quando a água toma conta desses mesmos espaços, sem deixar de enquadrar a longa praia, as nuances de suas intempéries e todos aqueles à espera do resgate.
1) La La Land - Cantando Estações
Existem filmes que a gente se impressiona logo na primeira vez que assiste, mas que, após repetidas vezes, passam a perder parte ou todo o seu encanto. Felizmente, isso não aconteceu comigo com La La Land, que só cresceu a cada vez, principalmente quando peguei uma sessão cheia onde o povo dava risadas, tentava cantar (baixinho, ufa!) e demonstrava sinais de choro no final. Pelas atuações honestas de seus atores (desvencilhando-se de trejeitos e impostações carregadas tão típicas de Oscar-baits), pelas músicas e pela trilha sonora contagiantes, pelo roteiro nada rebuscado de Damien Chazelle que nada mais quer do que tocar os corações afligidos dos sonhadores (jovens ou não) e propor um bem-estar ao seu público, e por todos os seus demais atributos devidamente condecorados pelas premiações por onde passou, é mais um dia de sol para La La Land e o primeiro lugar dos meus melhores e favoritos do ano.
Entre cenas que se abrem e fecham em transições de íris, das réplicas de movimentos de câmera de um certo filme estrelando James Dean no Griffith Observatory, passando pela reverência ao passado glorioso do jazz e do cinema, a decupagem positivamente econômica do diretor Damien Chazelle chama a atenção pela sua criatividade ao sustentar a ação dos personagens em planos longos aproveitando-se do espaço dos cenários para aproximar ou recuar a câmera de acordo com o que se sucede em cena. Um conjunto de cenas práticas bem fotografadas por Linus Sandgren que apresenta mais do que o glamuroso look da película em Cinemascope ou o belo realce do céu turquesa diante da geografia de Los Angeles, mas curiosos recortes e dimerizações de luzes que focam nos protagonistas em seus respectivos momentos de brilhar, em especial, Emma Stone no auge de seu carisma.
Enquanto uma fábula sobre o cinema da indústria de sonhos e os tantos aspirantes da cena artística de Los Angeles, exultando sua cultura pelas ruas filmadas, o longa ainda nos é contemporâneo e passa a ser muito mais do que um filme romântico como tem sido sua campanha de divulgação por aí. A partir do momento em que presenciamos as ambições das personagens serem levadas com descaso e/ou com portas fechadas, tendo que criar as próprias oportunidades sem muitas garantias de retornos ou ainda a necessidade de se apegar a qualquer coisa em prol da sobrevivência, abdicando ou adiando os próprios sonhos, vemos ali um retrato de uma juventude universal que, uma hora ou outra, já figurou como seriam suas vidas caso escolhessem caminhos ou vocações distintas.
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Menções honrosas
Aqueles filmes que merecem muito ser vistos e que são dignos de estarem entre os grandes destaques do ano justamente por seu conteúdo e visão excepcionais.
- Jackie
- LEGO Batman - O Filme – a aventura mais inesperada do ano é também uma sugestão de como a DC (e a Marvel, muito que bem) poderia conquistar seu público que insiste em ter opiniões divididas.
- Logan – por propor uma digna despedida para Hugh Jackman e Patrick Stewart enquanto encontra no western um belo respiro para a histórias já saturadas (e mais egocêntricas) dos filmes de super-heróis.
- Silêncio – Martin Scorsese testa os limites da fé e da cultura cristã num tempo onde questões de interpretação e de intolerância não se diferem drasticamente das atuais.
- T2 Trainspotting – a nova recaída dirigida por Danny Boyle se prova um filme tão divertido, reflexivo e criativo quanto o seu original de 1996.
- Mulher-Maravilha – com o carisma de seu elenco e a boa fonte que é a DC Comics, o filme se torna a prova cabal de que o protagonismo feminino funciona muito que bem nas telonas, sendo valoroso também por resgatar o altruísmo cada vez mais raro no gênero.
- Z: A Cidade Perdida
- Okja – por colocar a Netflix no páreo de boas produções de longas-metragens originais com uma história divertida e pertinente levada com afinco e bom humor pelo seu elenco estelar.
- mãe! – acima de todas as suas pretensas polêmicas, a estética minimalista de Darren Aronofksy é um acerto enquanto instiga o terror em sua revisão bíblica sobre a figura da mulher e a indulgência de Deus perante a sua criação.
- Bom Comportamento – depois de uma série de papéis infelizes, Robert Pattinson se destaca neste filme de roubo onde tudo vai de mal a pior em uma noite insana.
- O Formidável – do oscarizado diretor Michel Hazanavicius, o filme é declaradamente uma versão sobre Jean-Luc Godard e seu gênio pra lá de difícil, o filme pode não ser um material historicamente preciso sobre a boa fase do cineasta francês na década de 1960, mas é fascinante o suficiente para instigar a curiosidade em buscar as fitas originais e igualmente criativas, políticas e críticas.
- A Ghost Story – por sua narrativa minimalista com uma sensibilidade peculiar sobre o peso e os efeitos de uma perda irreversível. Em outras palavras, um poético ponto de vista daqueles que, como dizem, "se foram".
Com sorte, nos vemos em 2018. Que a Força esteja com todos nós!
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