sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O Último Caçador de Bruxas | CRÍTICA


Num primeiro momento, parece que O Último Caçador de Bruxas (The Last Witch Hunter) se trata de mais uma adaptação de um livro de fantasia contemporâneo ou até mesmo um game pouco conhecido pelo grande público. Pelo contrário, é uma produção original, ou pelo menos deveria ser, uma vez que se apropria de temas bastante comuns em filmes e jogos de RPG do gênero, além de uma trama convencional e previsível.


quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Os 33 | CRÍTICA


Em 2010, quando um grupo de mineradores chilenos foi soterrado em uma velha mina, a quase 300m abaixo do nível da terra, o mundo voltou suas atenções para o acontecimento, por mais que a falta de informação e contato com aqueles homens levava a todos a preverem o pior. No entanto, de fronte para os portões fechados da mina estavam as famílias daqueles que estavam igualmente rezando para sobreviverem. Cinco anos depois e com seu final inevitavelmente previsível, conhecemos um pouco mais da história d'Os 33 (Los 33), ou melhor, uma parábola sobre o quão profunda pode ser a ganância do homem.


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Ponte Dos Espiões | CRÍTICA


Da última vez que Steven Spielberg dirigiu um drama histórico, e isso não faz muito tempo, vimos em Lincoln um filme pra lá de arrastado, com uma didática defasada e um ar novelesco, mas que ainda assim procurava evocar os valores de ser americano em meio a um importante tema. Enquanto críticos e fãs clamam pela volta do diretor ao gênero da aventura, em Ponte dos Espiões (Bridge of SpiesSpielberg prova que tem muito a mostrar e até ensinar enquanto conta mais um episódio da História dos Estados Unidos em plena Guerra Fria.

Sicario: Terra de Ninguém | CRÍTICA


Há uma atmosfera agonizante na fronteira entre o México e os Estados Unidos, um perímetro de horror diário que está longe de acabar, tudo porque o narcotráfico é uma hidra de muitas cabeças cuja principal há muito se embaralhou, mas é feito o possível para propor segurança, nem que isto custe tornar as cidades em verdadeiros campos de guerra. Em Sicario: Terra de Ninguém, existe o desespero em tentar sobreviver enquanto se presencia a tênue linha entre o bem e o mal.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Goosebumps - Monstros e Arrepios | CRÍTICA


Na década de 1990, bem antes de Harry Potter virar sucesso literário mundial, havia uma série de livros fininhos que era a parceria ideal para a garotada. Cada exemplar trazia diferentes e ágeis histórias de terror com seus heróis combatendo monstros, todos eles oriundos da mente criativa do autor R. L. Stine. O sucesso foi tanto que uma série de TV foi encomendada ainda naquela época, mas depois de uma enxurrada de franquias entre os anos 2000, Goosebumps estava quase esquecida. Isso até a Sony Pictures resolver mexer na estante de livros de Stine e soltar todos os icônicos monstros para assustar uma nova geração, desencadeando, na verdade, uma comédia mais despretensiosa.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

A Colina Escarlate | CRÍTICA


A virada do Século XX, o cenário perfeito para a modernidade. Não por menos, a jovem Edith Cushing (Mia Wasikowska) quer se lançar como escritora de livros com histórias que procuram fugir da pieguice dos dramas românticos da época, ainda que tenha de se sujeitar ao machismo vigente e datilografar o texto para disfarçar sua caligrafia curvilínea obviamente feminina. Quando o galante Thomas Sharpe (Tom Hiddleston) chega à sua cidade procurando por um investidor para extrair argila vermelha de sua propriedade no interior da Inglaterra, tudo parece mudar para Edith. O mistério e a sedução daquele baronete guiam a moça para a sinistra atmosfera de A Colina Escarlate (Crimson Peak).

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Listão dos Trailers – Outubro/2015


Certamente uma das melhores temporadas para os cinéfilos é agora, este período de setembro a dezembro onde nos preparamos para os últimos grandes lançamentos do ano, aqueles que têm boas chances de entrar nas premiações que acontecem entre janeiro e fevereiro. Ao mesmo tempo, os estúdios soltam na rede as prévias de suas próximas atrações, ainda que para 2016, mas desde já estimulando o famoso marketing boca a boca.

Entre refilmagens e continuações, faltam aqui os trailers dos esperados Capitão América: Guerra Civil, X-Men: Apocalipse, entre outros que virão a ser anunciados.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A Travessia | CRÍTICA


Em algum momento da sua vida, e talvez num local inesperado, você certamente já teve uma ideia que se mostrou brilhante o suficiente a ponto de querer colocá-la em prática o mais rápido possível. Foi mais ou menos assim com Phillippe Petit, o artista francês que decidiu atravessar as torres gêmeas do World Trade Center em 1974 equilibrando-se num cabo de aço justamente por um desafio pessoal. Com A Travessia (The Walk), o mundo volta a se lembrar dessa história cheia de ímpeto e saudosismo, além de resgatar o lado visionário do diretor Robert Zemeckis.


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Peter Pan | CRÍTICA


Certas histórias, depois de muito tempo, alcançam o status de lenda, por mais fictícias que sejam. Escritas por J.M. Barrie, as aventuras de Peter Pan conquistaram os corações de crianças e os pais destas que, consequentemente, devem ter se lembrado como as brincadeiras na infância eram divertidas. Uma fase em que imperava a imaginação e os medos personificados em vilões. Igualmente imaginativo, o novo Peter Pan (Pan) da Warner surpreende por ser uma prazerosa história de origem, mostrando também que a lenda permanece jovem.

Horas de Desespero | CRÍTICA


Em 2014, um dos candidatos ao Oscar de Melhor Documentário era o inquietante O Ato de Matar, de Joshua Oppenheimer. Em sua exibição visceral dos atos de um grupo extremista que por anos praticou o terror na Indonésia, o diretor revelou também um lado cineasta dos integrantes, convidando-os a reencenar suas matanças e aí encontrando uma possível reflexão. Tirando todo o sadismo apresentado no documentário, parece que tal sede dos indonésios por sangue motivou os realizadores de Horas de Desespero (No Escape) a recriar um tipo de filme de ação comum nas décadas de oitenta e noventa, onde imperava a regra do "atire antes e pergunte depois".


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Perdido em Marte | CRÍTICA


Quando Ridley Scott lançou Alien, abrindo na vertente da ficção científica espacial uma lacuna para o horror, talvez não era esperado que a visão trágica do diretor influenciasse dezenas de cineastas durante as mais de três décadas desde que o filme virou um fenômeno cult. Entre as desaventuras interestelares cinematográficas, até mesmo aquele que impulsionou o estilo caiu na mesmice de repetir a sua mesma fórmula em Prometheus. Mas quem disse que Ridley Scott perdeu a mão de vez? É com muito otimismo que Perdido em Marte (The Martian) mostra que o diretor deu uma empolgante volta por cima.