
A Força despertou em 2015 de uma forma tão potente e onipresente que, se for parar pra pensar, as longas quatro décadas de lançamento do primeiro
Star Wars são um mero detalhe diante do infinito fascínio que o crescente número de fãs da saga nutrem pelos personagens, criaturas, artefatos e mundos icônicos a ponto de muitos dos aficionados terem perdido a conta de quantas vezes se empenharam em maratonas dos filmes e daí partido para o consumo de
games, HQs, livros e, óbvio, dos colecionáveis que parecem nunca chegar a um fim.
Por esses e outros motivos, convenhamos,
Star Wars sempre se tratou de um evento cinematográfico além de seus avanços tecnológicos e de sua narrativa arquetípica, mas uma reunião de um público inclinado a um bom escapismo espacial onde o entretenimento esteve ao lado de um amistoso instinto de perseverança. Assim, se toda essa grandeza foi consequência de uma passageira euforia (afora o influente marketing da Disney) que fez uma boa parcela do público deixar de ver o Episódio VII dirigido por
J.J. Abrams com os mesmos olhos brilhantes daqueles diante da tela do cinema ou que
Rogue One teve evidentes conflitos de apresentação, é inegável o atual esforço da
Lucasfilm em manter o legado de
George Lucas tão modernizado e instigante quanto foi para as primeiras audiências de 1977, o que faz de
Star Wars: Os Últimos Jedi um ótimo exemplo de como renovar a franquia sem perder sua qualidade e, acima de tudo, seu encanto indelével.