Exibido na Mostra Olhares Brasil do 10º Olhar de Cinema, sem se esquecer de sua passagem pela Mostra de Cinema de Tiradentes, Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra É Nossa! vem, como documentário de longa-metragem, reforçar o que vem acontecendo há cinco séculos, porém com maior permissividade nos últimos anos: o ininterrupto genocídio e roubo de terras das tribos nativas do Brasil. Em meio ao Vale do Mucuri, no leste mineiro, os remanescentes Tikmũ’ũn registram as injustiças veladas e recontam fragmentos do passado que suplicam para que não se repita.
O documentário não tem um trabalho rebuscado de fotografia, mas possui momentos enfáticos. Tomadas aéreas escancaram o contraste de vegetações, câmeras na mão flagram um sujeito reacionário acusando de roubo um conhecido entre o povo, além da chegada risível de um peão de voz frouxa exigindo saber o nome do filme que a equipe está fazendo. Pois Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra É Nossa! não só dá nome à obra, mas é uma proclamação que precisa ser dita mesmo à exaustão.
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