Tainá e os Guardiões da Amazônia - Em Busca da Flecha Azul | CRÍTICA

 

É curioso pensar que Tainá, lançado há inacreditáveis 25 anos, encontraria na arte da animação uma forma de se manter na cultura pop brasileira entre grandes nomes consolidados enquanto, em sua nova versão seriada que estreou em 2020, se direcionava a um novo público infantil. Consagrando-se agora no cinema com uma mensagem sempre conveniente, Tainá e os Guardiões da Amazônia - Em Busca da Flecha Azul é um diálogo e aventura ideais para os pequenos que ainda não demandam detalhamos gráficos.

Contando com uma participação mais do que especial de Fafá de Belém, o filme segue nos moldes da jornada do herói, trazendo uma saga de amadurecimento da protagonista em meio a músicas que vão pegar no gosto da criançadinha por suas melodias e frases marcantes, dando continuidade aos hits infantis do seriadinho no canal do YouTube. Com direção de Alê Camargo, o visual 3D também é atrativo ao seguir com os traços cartunescos e coloridos, o que é um acerto ao trazer sempre personagens divertidos em meio a esse estímulo visual para os pequenos, além da mensagem sobre preservação ambiental que deve vir desde cedo.

Todavia a narrativa e quase tudo o que compreende Tainá e os Guardiões da Amazônia - Em Busca da Flecha Azul estejam apontados para o público bem infantil, é uma pena que o filme não desenvolva uma crítica ao desmatamento florestal contundente ao agro malvadão como se espera, apesar da ótima afinetada ao irritante bordão que aparece entre propagandas da Globo. Aqui, árvores são derrubadas aleatoriamente e em unidades, para apenas aparecer Jaime Bifão, um fazendeiro doido pra passar a boiada montando uma mansão de madeira (?) para a filha, que vem a ser uma amizade para a protagonista. 

Enfim, a flecha pode ter tido um alcance curto aqui, mas é inegável o quão valoroso é pro Cinema Brasileiro ter mais um exemplar de filme infantil despontando entre grandes títulos.