Então pioneiro dos filmes de super-heróis, o produtor Avi Arad, talvez em uma epifania prevendo que o cinema que ele ajudou a estabelecer agora se desmorona, decidiu investir na adaptação de games começando com o aventuresco Uncharted, almejando sucesso trazendo um elenco famoso com uma narrativa que até se assemelha em partes com o seu original. Repetindo a fórmula em sua nova incursão, o produtor busca na ação cooperativa de Borderlands mais uma franquia que possa ser de sucesso, mas onde está o diferencial aqui?
(© Lionsgate Publicity/Divulgação) |
O roteiro, que tem assinatura de Roth e do estreante Joe Crombie, é um amontoado de informações e de uma montagem sonora barulhenta que já joga o espectador ao chamado da aventura, mas nem com o dream team que é o elenco a narrativa consegue ser interessante mesmo tendo nomes como Jamie Lee Curtis e a jovem Ariana Greenblatt (Barbie, Star Wars: Ahsoka), todavia dedicada a repetir frases igual uma personagem de game. Já Jack Black, que dá voz ao robô Claptrap, definitivamente virou o tiozão que força o máximo de piadas para parecer engraçado entre os mais jovens. As sequências de ação dificilmente empolgam por conta da montagem tão picotada que esconde o trabalho de dublês reais e digitais.
(© Lionsgate Publicity/Divulgação) |
Querendo ser Star Wars e Mad Max, Borderlands só consegue desafiar o limite da paciência de quem já tem um bom referencial de obras similares. Deve interessar a geração que, desinteressada por Furiosa e que já se divertia com o jogo-título, busca um entretenimento passa-tempo e (talvez) nada mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.