quinta-feira, 8 de agosto de 2024

BORDERLANDS: O DESTINO DO UNIVERSO ESTÁ EM JOGO ...e da paciência também | CRÍTICA

Florian Munteanu, Jamie Lee Curtis, Jack Black, Kevin Hart, Cate Blanchett e Ariana Greenblatt em BORDERLANDS

Então pioneiro dos filmes de super-heróis, o produtor Avi Arad, talvez em uma epifania prevendo que o cinema que ele ajudou a estabelecer agora se desmorona, decidiu investir na adaptação de games começando com o aventuresco Uncharted, almejando sucesso trazendo um elenco famoso com uma narrativa que até se assemelha em partes com o seu original. Repetindo a fórmula em sua nova incursão, o produtor busca na ação cooperativa de Borderlands mais uma franquia que possa ser de sucesso, mas onde está o diferencial aqui?


Dirigido por Eli Roth (Feriado SangrentoO Albergue), um dos artistas que assinaram a infame carta apoiando Israel no bombardeio da Palestina, a trama espacial envolvendo um misterioso artefato escondido no planeta Pandora nos apresenta Lilith (Cate Blanchett), uma habilidosa caçadora de recompensas contratada pelo magnata Atlas (Edgar Ramírez) para recuperar sua filha, Tina (Ariana Greenblatt), sequestrada por um soldado de elite (Kevin Hart) e que pode estar localizada no lendário planeta que mais parece um lixão desértico.


(© Lionsgate Publicity/Divulgação)


O roteiro, que tem assinatura de Roth e do estreante Joe Crombie, é um amontoado de informações e de uma montagem sonora barulhenta que já joga o espectador ao chamado da aventura, mas nem com o dream team que é o elenco a narrativa consegue ser interessante mesmo tendo nomes como Jamie Lee Curtis e a jovem Ariana Greenblatt (Barbie, Star Wars: Ahsoka), todavia dedicada a repetir frases igual uma personagem de game. Já Jack Black, que dá voz ao robô Claptrap, definitivamente virou o tiozão que força o máximo de piadas para parecer engraçado entre os mais jovens. As sequências de ação dificilmente empolgam por conta da montagem tão picotada que esconde o trabalho de dublês reais e digitais. 

(© Lionsgate Publicity/Divulgação)


Querendo ser Star Wars e Mad Max, Borderlands só consegue desafiar o limite da paciência de quem já tem um bom referencial de obras similares. Deve interessar a geração que, desinteressada por Furiosa e que já se divertia com o jogo-título, busca um entretenimento passa-tempo e (talvez) nada mais.




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