Que a relação do Cinema com leões não se resumem ao mascote da MGM, ao Simba de O Rei Leão, ao Alex de Madagascar e até mesmo ao Aslam de As Crônicas de Nárnia, não seria surpresa que tamanha veneração ao considerado "rei da selva" tornasse o animal em um item de desejo distante para muitas pessoas que, diante da ferocidade do bicho, deve se contentar com pelúcias que ressaltam seu aspecto mais "fofo". No caso de A Menina e o Leão, produção da europeia Studiocanal distribuída por aqui pela Paris Filmes, todo esse aspecto é ressaltado em uma narrativa que se faz experimental enquanto acompanha o crescimento de um raro leão branco e aponta para um problema ocasionalmente omitido pelas vias do entretenimento.
(IMDb/Reprodução) |
Curioso, então, pela sua forma de produção, é interessante notar que o filme dispensa dublês e trata de acompanhar o crescimento não só do leão protagonista, como das crianças Mia (Daniah De Villiers) e Mick (Ryan Mac Lennan) que acompanham o animal e crescem também no quesito atuação. Langley Kirkwood e Mélanie Laurent interpretam os pais das crianças, embora seja o primeiro que se configure como um antagonista da história enquanto a carismática Laurent, um rosto mais conhecido para os públicos americanos vide suas performances em Truque de Mestre e (sobretudo) em Bastardos Inglórios, fica a cargo de uma subtrama psicológica que se torna um adicional meio esquecível.
(IMDb/Reprodução) |
Condenando a criação de leões para sua caça subsequente (muito embora isso era um costume de tribos – porém, sem intenções consumistas – tal como visto no documentário A Caça ao Leão Com Arco de Jean Rouch) sem deixar de projetar passagens divertidas ao longo da trama, é bastante válida a mensagem que A Menina e o Leão dispõe para suas audiências, reforçando que o carinho por tais animais selvagens também se faz incentivando a guarda ambiental dos mesmos.
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