O anúncio de Lightyear surgiu em um dia dos acionistas da Disney e tomou todo mundo de surpresa. Um filme solo do boneco? Um filme contando a história do personagem? No fim, a explicação foi de que seria um filme falando sobre o personagem que deu origem ao boneco, mas, ainda assim, as primeiras frases de introdução do filme realmente conseguem explicar. O novo filme da Pixar, então, traz mensagens importantes, um visual incrível e boa aventura, mas esbarra em uma trama comum e que não se destaca entre os sucessos do estúdio.
Lightyear segue o lendário Patrulheiro Espacial depois que em um teste de voo da nave espacial faz com que ele vá para um planeta hostil e fique abandonado a 4,2 milhões de anos-luz da Terra ao lado de seu comandante e sua tripulação. Enquanto Buzz tenta encontrar um caminho de volta para casa através do espaço e do tempo, ele descobre que já se passaram muitos anos desde seu teste de voo e que os descendentes de seus amigos, um grupo de recrutas ambiciosos, e seu charmoso gato companheiro robô, Sox. Para complicar as coisas e ameaçar a missão está a chegada de Zurg, uma presença alienígena imponente com um exército de robôs implacáveis e uma agenda misteriosa.
Entre as discussões mais profundas, sem entrar em spoiler, mas a moral do filme lembra muito UP – Altas Aventuras, que discorre sobre a ideia de aproveitar a vida somente quando um ideal é atingido, mas no fim as pessoas já viveram felizes suas vidas. Com certeza aqui é o ponto alto da narrativa, que, como sempre nos filmes da Pixar, tem aquele momento de choro que toda a plateia fica com os olhos mareados. Mas, para além desse momento, o filme soa como um grande episódio spin-off de um personagem tão conhecido da cultura pop, que, mesmo sendo muito divertido, não parece ser o filme favorito de uma criança ou estar no patamar de qualquer filme da franquia Toy Story.
Lightyear consegue ser divertido e até profundo em alguns momentos, mas não consegue alçar voos mais altos que o coloquem no mesmo patamar dos melhores filmes da Pixar. Talvez, se fosse um filme com outro nome lançado por outro estúdio, ele teria ganho mais o meu coração, mas sendo Buzz Lightyear e a Pixar, a sensação ao sair do cinema é de que faltou algo e eu esperei por uma cena pós-creditos para ver se esse algo a mais viria, mas não rolou.
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