terça-feira, 7 de junho de 2022

É Preciso Uma Aldeia | CRÍTICA (11° Olhar de Cinema)


A temática de É Preciso uma Aldeia parece óbvia: o medo do terrorismo atrelado a xenofobia é base de toda a recepção da população perante um acidente em um pleno fim de semana de Páscoa. Ao contar a história de uma pequena vila na República Tcheca onde vive Standa (Michal Istenik), um bombeiro voluntário que está prestes a se tornar pai e que se sente impotente no seu trabalho, logo de primeira, os habitantes falam que aquilo é culpa dos árabes, sendo que a vítima foi, na verdade, um imigrante com traços árabes.

O tom de humor nunca acha muito bem o seu ponto e se deixa levar muito pelas piadas físicas de Standa, que é completamente desastrado e bobão por boa parte do tempo. Seus colegas do corpo de bombeiros fogem ao estereótipo de homens fortes e bem preparados para senhores de idade com coletes. Toda a transformação social se desenvolve ao lado da igreja e ali estão os principais signos da população, que vê nas celebrações de Páscoa a única forma de diversão na região.


Como a crítica não tem spoilers, não vou entrar em detalhes acerca do que acontece, mas quando Standa descobre que o acidente não foi um atentado e sim um acidente, toda a hombridade do corpo de bombeiros é posta a prova e falha miseravelmente. É nesse momento que residem os pontos altos do filme, que se baseia nessa visão de mundo de um local pequeno, mas tenta buscar paralelos com as maiores cidades do mundo, onde a xenofobia também aponta seus culpados antes das investigações.

 



 Filme integrante da Mostra Competitiva do 11º Olhar de Cinema.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.