sábado, 17 de setembro de 2016

Bruxa de Blair | CRÍTICA


Saindo da leva de filmes que dizem ser baseados em fatos que realmente aconteceram, como muitas pessoas acreditaram em 1999 graças ao uso de found-footage, o primeiro A Bruxa de Blair conseguiu renovar o cinema de horror que inspirou tantos outros de lá para cá, como a franquia Atividade Paranormal, [REC] e A Forca. Com isso, o diretor Adam Wingard (V/H/S, Você é o Próximo) tem o dever de pegar a franquia que popularizou o gênero, desgastado ao longo desses anos, e assim adaptá-lo para os tempos da alta definição digital. 

Em 1999, três estudantes de cinema chamados Heather, Michel e Joshua decidiram fazer um documentário sobre a lenda da Bruxa de Blair. As imagens, em fita, foram encontradas e transformadas em um documentário, mesmo que os estudantes nunca tenham sido encontrados. Quinze anos depois, James (James Allen McCune) encontra um vídeo na Internet que aparentemente, mostra sua irmã, Heather, na casa misteriosa em Black Hills, a qual nunca foi encontrada pela equipes de busca. O jovem, então, reune um grupo e decide ir atrás da casa para achar sua irmã desaparecida. 




Ignorando totalmente Bruxa de Blair 2: O Livro das Sombras, o filme serve de continuação e reboot ao mesmo tempo, assim como Star Wars VII e Jurassic World fizeram ano passado. Na sua parte técnica, o filme é atualizado e traz vários aparatos de filmagens para os personagens, chegando a usar drones e um número maior de câmeras na mão em relação ao filme antigo, o que fornece mais imagens com pontos de vista distintos. O problema dessas imagens é que, em alguns momentos, elas estão bem enquadradas e acabam fugindo da ideia da found-footage, que acabam te tirando do filme em alguns momentos. Outro problema é que, diferente de O Homem nas Trevas, este filme não cria nenhum suspense e quebra os poucos momentos que consegue gerar uma leva tensão com sustos que não levam a nada. 

As atuações do grupo principal, formado por James Allen McCune (O Acordo), Corbin Reid (Kingdom), Brandon Scott (Amigos Inseparáveis) e Callie Hernandes (From Dusk Till Dawn: The Series), são normais; dentro da proposta do filme de ser um documentário feito por pessoas inexperientes, não se espera nenhuma atuação magnifica, e pelo menos razoável eles entregam, gritando, correndo e arregalando os olhos quando necessário. 


Bruxa de Blair (Blair Witch) surgiu como uma produção surpresa neste ano e prometia ser um dos melhores terrores do ano, mas acaba se perdendo em tentativas de sustos fracas e desnecessárias. Para os amantes do primeiro filme, este aqui pode ser agradável, ainda mais levando em conta que ele explora mais a mitologia da Bruxa de Blair e apresenta uma cenas mais longas no interior da casa, o principal momento do filme. Mas, para aqueles que estão cansados de ver a mesma premissa reciclada, é bem provável que toda a irreverência e terror deste ficaram perdidos lá na floresta.



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