sábado, 17 de junho de 2023

Quando Eu Me Encontrar | CRÍTICA (12º Olhar de Cinema)


Filme cearense conta a história da família e do namorado de Dayane, moça que decide fugir sem explicações, mas que abre feridas em quem foi deixado.

 

No cinema, geralmente, somos apresentados às grandes aventuras, onde nos guiamos pelos exploradores que saem de seus lares sem muita cerimônia. É aqui que o longa dirigido por Amanda Pontes e Michelline Helena traz a melancolia de ser deixado(a). Os questionamentos, as inseguranças, as decepções e acima de tudo: como viver sem essa pessoa?

O elenco entrega atuações muito boas, de maneira bem naturalista, onde é crível que aquelas pessoas podem existir. Nada novelesco ou teatral demais (muito importante e difícil no cinema nacional).

Com uma simples, mas boa produção é possível ver os cuidados com diversos aspectos do filme. Figurinos, mise-en-scène, mixagem de som e trilha sonora foram aplicados com muito carinho e talento aqui, de maneira que engrandecem a obra.

Outro aspecto que é muito interessante é a omissão de Dayane, não escutamos sua voz, não vemos seu rosto, não temos nenhuma noção de quem ela era e nem de como se portava, o que a torna uma idealização para que cada um monte a sua própria versão da personagem.

Quando eu me encontrar é um filme simples, mas profundo, daquelas pequenas joias nacionais que surgem sem muito alarde, mas que jogam luz em duas diretoras talentosas em início de carreira.

Amanda e Micheline, façam mais filmes!

Confira abaixo o trailer:


Filme integrante da Mostra Competitiva Nacional do 12º Olhar de Cinema.

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