Com trama simples e leve, animação de Super Mario espanta fantasmas de fracassos do passado e acerta em apostar nas crianças e entreter os adultos.
A parceria da Nintendo com a Illumination é daquelas que se não fosse real precisaria de um toque aos CEOs: aqui, fica claro que o filme será uma das maiores bilheterias de 2023.
O filme conta a história dos irmãos Mário, dois encanadores que queriam uma vida tranquila ao consertar tubulações em Nova York, mas que são transportados para um mundo de fantasia no qual precisam impedir que um super vilão domine todos os reinos.
O primeiro ato é perfeito para definir e apresentar os personagens e o universo em que estamos. É quase impossível não gostar da dupla de irmãos. Graficamente é um avanço tremendo também para a Illumination, que investiu bem na evolução da animação e traz cenários e texturas dignas do que há de melhor na animação. Particularmente o bigode de Mario e Luigi parecem ser reais de tão bem feitos.
No entanto, o filme começa a ter alguns tropeços quando separa a dupla de protagonistas e começa a jogar referências em sequência, o que atrapalha demais no ritmo da história. O segundo ato chega a cansar um pouco, mas nada que seja maçante o suficiente para perder o público.
O terceiro ato recupera o fôlego e traz cenas muito criativas, mesmo pecando no excesso de referências e personagens forçados que são claramente focados no público infantil e pelas reações da plateia em que estive, não parecem que serão bem aceitos.
Talvez o maior mérito de Super Mario seja apostar no seguro, sem querer reinventar o que já está estabelecido, fazendo algumas correções pontuais que o tempo pede, como o desenvolvimento da Princesa Peach e camadas para o vilão. Nada aqui é revolucionário, mas tudo é bem encaixado e é por isso que deu certo.
Confira o trailer dublado:
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