segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

MÁQUINA DO TEMPO – potencial cientificamente desperdiçado | CRÍTICA

 


Longa inglês de ficção científica traz conceitos interessantes, mas se apressa a ponto de tornar eles rasos e pouco desenvolvidos.

Ambientado na Segunda Guerra Mundial, o filme apresenta Lola, uma máquina de televisão capaz de sintonizar o futuro. As irmãs Hanbury utilizam o dispositivo para conhecer a cultura das décadas seguintes. No entanto, com o poder de prever o futuro, Lola pode se tornar uma arma poderosa contra a Alemanha de Hitler.




A ideia é muito interessante, especialmente com as transmissões de David Bowie e The Kinks. No entanto, à medida que o filme avança, fica evidente que o roteiro foi estruturado em blocos, seguindo uma espécie de checklist de conceitos. A narrativa soa como: "vamos mostrar como pegar uma música do futuro faria sucesso e se tornaria um bordão da época" e, após cumprir essa etapa, o filme avança para um novo bloco, explorando outro aspecto da invenção. Nada parece um desenvolvimento natural dos personagens; em vez disso, o roteiro força a progressão da história. A sensação é de que a premissa da TV que transmite o futuro foi o ponto de partida, e todas as perguntas possíveis sobre essa ideia foram levantadas, com o roteiro servindo apenas para respondê-las, sem aprofundar os personagens ou explicar a construção da máquina.



As consequências parecem rasas, como se não tivesse nada muito a acrescentar para além de distopias que já conhecemos, como "O Homem do Castelo Alto", de Philip K. Dick.

Uma pena que o resultado seja tão aquém do potencial, porque poderíamos estar falando de algo muito especial aqui.

Confira o trailer legendado:



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