quarta-feira, 29 de março de 2023

A PRIMEIRA COMUNHÃO – não tinha como dar certo | CRÍTICA



Com trama genérica, filme de terror espanhol não assusta e nem deixa tenso, só te faz lamentar pelo tempo perdido.

 

Espanha, final dos anos 1980. A recém-chegada Sara (Carla Campra) tenta se entrosar com os outros adolescentes de uma pequena cidade na província de Tarragona, onde conhece apenas Rebe (Ana Quiñones), uma garota que foge dos padrões tradicionais. Uma noite, elas vão para uma casa noturna e, na volta, a caminho de casa, elas se deparam com uma menina segurando uma boneca, vestida para sua primeira comunhão.

A primeira comunhão é um daqueles filmes que nos fazem questionar quais são os critérios de lançamentos no Brasil. É muito curioso que estreie no país um filme espanhol, sem grande alarde internacional, sem um elenco conhecido ou mesmo protagonistas que estrelem alguma série da Netflix, mas acima de tudo, sem personalidade alguma.

 


Quando escrevo um texto, prefiro falar de um filme que eu gosto, assim consigo passar a minha empolgação para a crítica, porém também existem filmes que são ruins ao nível de me despertar muita criatividade na hora de esculachar, porém o filme em questão não me desperta nada além de um certo arrependimento em ter perdido meu tempo. Tudo é pouco inspirado, mas acima de tudo o design de produção, que não traz uma ameaça com visual minimamente interessante, principalmente a antagonista, que é esquecível e mal feita num nível cômico.

 


Com um ar muito conservador de punição para as garotas más, A primeira comunhão parece ter sido escrito na década de 80, falando como drogas são más e como o uso delas é o responsável por jovens se colocarem em posição de perigo. Um discurso tão piegas quanto uma propaganda do Proerd, porém com menos iluminação e algumas atuações mais caricatas.

É de se impressionar como um filme com temática religiosa flerta tão pouco com os lados mais obscuros da religião e acaba sendo apenas uma espécie de Loira do Banheiro 2.0 com uma boneca de porcelana.


O mais assustador de tudo é pensar que alguém viu esse filme e pensou que seria uma boa ideia lançar no circuito.


Confira o trailer abaixo:

 


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