terça-feira, 16 de setembro de 2025

A LONGA MARCHA: CAMINHE OU MORRA – jornada sintomática? | CRÍTICA

 
Cooper Hoffman e David Jonsson em A LONGA MARCHA


Seria presunçoso dizer que a adaptação de A Longa Marcha, romance escrito por Stephen King (ainda sob o pseudônimo de Richard Bachman), veio para o cinema com muito atraso tendo em mente que se trata de um exemplar publicado em 1979 e que o saturamento das ditas distopias com protagonistas jovens desde Maze Runner a Divergente lançadas na década passada contribuiriam, de certa forma, para o desinteresse de um público que espera encontrar um mínimo de diferencial. Aos cuidados de Francis Lawrence, que conduziu o restante da saga Jogos Vorazes, a versão para cinema se concentra em uma jornada visceral, ainda que sucinta do que poderia entregar.


quinta-feira, 4 de setembro de 2025

INVOCAÇÃO DO MAL 4: O ÚLTIMO RITUAL …e a apreensão pelo final | CRÍTICA

 

Patrick Wilson e Vera Farmiga em INVOCAÇÃO DO MAL 4

De um filme de terror que despontou por sua direção caprichada e um par de protagonistas carismáticos, a franquia Invocação do Mal se tornou algo maior do que apenas apresentar o casal de demonologistas vivido por Vera Farmiga e Patrick Wilson. Todavia, por mais que os maiores acertos ficaram a cargo da virtuose de James Wan (e seu diretor de fotografia, Don Burgess), os derivados com mais tempo de tela para Annabelle e A Freira, por outro lado, ficaram aquém do produto principal, que chega agora em seu quarto e derradeiro capítulo sentindo a fadiga de uma fórmula que já foi melhor.


quarta-feira, 3 de setembro de 2025

A VIDA DE CHUCK – existencialismo a esmo | CRÍTICA

 

A bibliografia de Stephen King, a um olhar distante, parece ser uma máxima de contos fantásticos geralmente assustadores que, apesar de uma certa mesmice, cativam leitor e espectador com relativo êxito. Tendo encontrado em Mike Flanagan, expoente do terror contemporâneo que despontou de vez com A Maldição da Residência Hill e até Doutor Sono (também escrito por King), um queridinho para adaptar suas obras, acaba que A Vida de Chuck se torna mais um papo redundante de coach do que um drama metafísico de quebrar a cabeça.


quinta-feira, 21 de agosto de 2025

ANÔNIMO 2 – pancadarias espalhafatosas | CRÍTICA

 

Bob Odenkirk em ANÔNIMO 2


Sintoma de uma era em que o gênero de ação ganhou fôlego e sequências de estética pulsante com cenas de operação de câmera intensas capitaneadas por John Wick, Anônimo surgiu no meio da pandemia com sua proposta de trazer um cara totalmente inesperado demonstrando uma destreza de combate absurda contra vilões típicos da franquia estrelada por Keanu Reeves. Nesta sequência que a gente não sabia se esperava, mas que recebe de muito bom grado, Bob Odenkirk segue em seu carisma gigante e sua proeza para a ação para fazer de Anônimo 2 um filme despretensiosamente divertido.


quinta-feira, 7 de agosto de 2025

DRÁCULA: UMA HISTÓRIA DE AMOR ETERNO …e muito mais fabulosa | CRÍTICA


É compreensível se irritar com a suposta falta de originalidade do cinemão comercial logo quando mais uma releitura de Drácula vem à tona em menos de um ano de intervalo com a versão de Robert Eggers para Nosferatu entre tantas outras mal fadadas tentativas que dificilmente alcançavam os pés do elegantérrimo Drácula de Bram Stoker dirigido por Francis Ford Coppola. Porém, tal como o cineasta hollywoodiano que não mede esforços em fazer seus projetos dos sonhos, temos aqui a visão e narrativa de Luc Besson para um clássico que, nas mãos certas, se torna um conto tão potente a ponto de ser algo inédito.


UMA SEXTA-FEIRA MAIS LOUCA AINDA – um acerto oportuno | CRÍTICA

 


É curioso notar como as boas comédias dos anos 2000 não precisavam se esforçar tanto para se tornarem clássicos imediatos, especialmente a leva de títulos protagonizados por Lindsay Lohan que, naquela época, emplacou Sexta-Feira Muito Louca e Meninas Malvadas em dois anos seguidos e mantendo-se no imaginário e apreço do público. Em sua retomada de acertos, Lohan retoma a parceria com Jamie Lee Curtis para fazer da continuação Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda uma narrativa que segue em diálogo afável entre o choque de gerações.