quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

SOBREVIVENTES - DEPOIS DO TERREMOTO – potencial jogado de um prédio | CRÍTICA

Longa escolhido pela Coreia do Sul para representar o país no Oscar traz reflexões pouco profundas para perguntas que já foram feitas outras vezes.

O filme se passa logo após um grande terremoto, que sem um motivo aparente deixa apenas um prédio em pé na cidade de Seul, na Coreia do Sul. Ao perceber esse fenômeno, multidões de pessoas de fora do condomínio lotam os apartamentos Hwang Gung, mas os moradores não conseguem lidar com o número crescente de invasores e estabelece fortes leis para combater os intrusos.

Ao início do filme somos apresentados a capital sul-coreana por imagens que remetem ao começo da verticalização da cidade e a construção de prédios cada vez mais altos para o desenvolvimento de uma capital.

Logo somos jogados ao pós terremoto, sem muita explicação e temos uma simulação de filme apocalíptico, que dá pinceladas sobre a cultura do país, refugiados e uma série de pequenos temas muito interessantes, mas que nunca são devidamente explorados ou até mesmo desenvolvidos.

O que temos aqui pode ser visto em qualquer filme de zumbis ou de desastre no qual há uma criação de sociedade paralela. O líder autocrata, o protagonista que busca ajudar quem pode e vários arquétipos que pouco adicionam.

O que mais incomoda não é a qualidade, pois o filme é mediano e até reúne alguns dramas pessoais interessantes, mas está muito longe de ser algo distinto ou com identidade própria.

Tudo aqui parece que já foi visto antes e pouco tem a adicionar ao espectador. Talvez a expectativa estivesse desalinhada com o incrível potencial do cinema da Coreia do Sul, que tem entregue pérolas muito acima da média.

Portanto, se você não se importa em ver um filme padrão de fim de mundo, vá em frente e aproveite.

Confira o trailer:



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