quinta-feira, 21 de agosto de 2025

ANÔNIMO 2 – pancadarias espalhafatosas | CRÍTICA

 

Bob Odenkirk em ANÔNIMO 2


Sintoma de uma era em que o gênero de ação ganhou fôlego e sequências de estética pulsante com cenas de operação de câmera intensas capitaneadas por John Wick, Anônimo surgiu no meio da pandemia com sua proposta de trazer um cara totalmente inesperado demonstrando uma destreza de combate absurda contra vilões típicos da franquia estrelada por Keanu Reeves. Nesta sequência que a gente não sabia se esperava, mas que recebe de muito bom grado, Bob Odenkirk segue em seu carisma gigante e sua proeza para a ação para fazer de Anônimo 2 um filme despretensiosamente divertido.


quinta-feira, 7 de agosto de 2025

DRÁCULA: UMA HISTÓRIA DE AMOR ETERNO …e muito mais fabulosa | CRÍTICA


É compreensível se irritar com a suposta falta de originalidade do cinemão comercial logo quando mais uma releitura de Drácula vem à tona em menos de um ano de intervalo com a versão de Robert Eggers para Nosferatu entre tantas outras mal fadadas tentativas que dificilmente alcançavam os pés do elegantérrimo Drácula de Bram Stoker dirigido por Francis Ford Coppola. Porém, tal como o cineasta hollywoodiano que não mede esforços em fazer seus projetos dos sonhos, temos aqui a visão e narrativa de Luc Besson para um clássico que, nas mãos certas, se torna um conto tão potente a ponto de ser algo inédito.


UMA SEXTA-FEIRA MAIS LOUCA AINDA – um acerto oportuno | CRÍTICA

 


É curioso notar como as boas comédias dos anos 2000 não precisavam se esforçar tanto para se tornarem clássicos imediatos, especialmente a leva de títulos protagonizados por Lindsay Lohan que, naquela época, emplacou Sexta-Feira Muito Louca e Meninas Malvadas em dois anos seguidos e mantendo-se no imaginário e apreço do público. Em sua retomada de acertos, Lohan retoma a parceria com Jamie Lee Curtis para fazer da continuação Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda uma narrativa que segue em diálogo afável entre o choque de gerações.


quinta-feira, 24 de julho de 2025

QUARTETO FANTÁSTICO: PRIMEIROS PASSOS – grandioso de imediato | CRÍTICA


 

O retorno do Quarteto Fantástico aos cinemas é um feito, pra começar, maravilhoso de se ver. O que antes parecia um perigo imediato quando o projeto estava nas mãos do insosso Jon Watts (que conduziu a última trilogia Homem-Aranha do Tom Holland, além da chatinha série Star Wars: Skeleton Crew), a versão MCU da família de super-heróis mais querida da Marvel encontra-se agora em mais do que boas mãos, mas com o melhor elenco e um diretor entusiasmado inseridos em uma trama com grandes responsabilidades de entregar, em Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, a sua melhor apresentação.


O RITUAL – digno de um exorcismo pós sessão | CRÍTICA

 


Talvez o requinte estético das fitas mais recentes da Blumhouse e (sobretudo) da A24, sem se esquecer da franquia Invocação do Mal, tenham tornado o terror um gênero em que é preciso cada vez mais um capricho cinematográfico para tornar a obra interessante – o susto só não vale, é preciso assombrar com uma beleza peculiar por mais que o roteiro nunca lá seja grande coisa. Sem esmero nem peculiaridades, O Ritual não tem nada a oferecer ainda mais quando repete a trama batida de exorcismo da forma mais chata possível.


sexta-feira, 18 de julho de 2025

A MELHOR MÃE DO MUNDO – neorrealismos brasileiros | CRÍTICA

 

Seu Jorge e Shirley Cruz em A MELHOR MÃE DO MUNDO

É um feito admirável que Anna Muylaert tenha se tornado uma das cineastas brasileiras mais prolíficas na última década, ainda que a alçada dada com Que Horas Ela Volta? fez com que toda a comunidade cinéfila – e de militantes progressistas – tenham concentrado a sua atenção na diretora e roteirista que, a cada novo título, procura trazer temas contundentes sobretudo quanto à figura feminina na contemporaneidade, por vezes e motivos, sufocantes. É com esmero que Muylaert apresenta A Melhor Mãe do Mundo com um diálogo afável mesmo lidando com tantas camadas problemáticas.