(© O2 Play/Divulgação) |
Paixão é algo evidente em todo o elenco, que muito aparenta se divertir com o texto de Allen, que também não se compromete na direção (ao contrário de outro veterano, Ridley Scott, por exemplo) e entrega um bom ritmo narrativo e astuto em seus enquadramentos, tornando a experiência cada vez mais a la Hitchcock (não por menos, há um adereço em cena que dá a dica disso).
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Para completar, a direção de fotografia de Vittorio Storaro é, certamente, uma coisa de brilhar os olhos tamanho uso inteligente das cores laranja e azul que se tornaram marcas registradas na filmografia do fotógrafo em sua interpretação da narrativa que se faz um bom e longo respiro em uma época de cinema de color gradings super carregados ou preguiçosamente acinzentados. Atente-se, por exemplo, como os encontros de Fanny e Alain são sempre acalentadores enquanto todo o suspense crescente na casa de Jean tendo Camille (Valerie Lemercier) investigando a sujeirada do genro se torna uma sequência gélida de tão arrepiante.
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À parte das sensações de "eu já vi isso antes", ainda mais em um filmografia de cinquenta títulos, Golpe de Sorte em Paris é um filme que conquista e fixa a atenção até os últimos minutos de seu ato final, provando-se imprevisivelmente divertido.
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