domingo, 13 de agosto de 2023

FALE COMIGO – A mão que balança a alma | CRÍTICA



Filme de terror com maior hype do ano traz forte identidade visual, mas escolhe caminhos errados e perde força no meio do caminho.

O novo hit do terror começa muito bem, com uma iconografia bem interessante acerca dos objetos de cena, que frequentemente movem tramas no cinema de gênero. O item aqui é uma mão embalsamada de um sensitivo que permite a quem a toca se conectar com espíritos.

Ao atrelar a experiência paranormal com a contemporaneidade de redes sociais, das drogas e dos desafios, o filme atinge um primeiro ato muito empolgante, mesmo que calcado no já muito batido tema do trauma, que sustenta boa parte dos filmes que se consideram "pós-horror".



O desenvolvimento desse tópico, aliado às boas atuações sustentam o filme até certa parte do segundo ato. É a partir do momento que os rituais ficam de lado e o longa passa a perder o fôlego, se sustentando em uma vertente que é muito menos interessante que seu início.

A perturbação do trauma passa a tomar conta da trama e ali se permanecem, enfraquecendo e tornando derivativo. Mesmo com um êxito muito grande na iconografia o filme afasta isso e opta por ir em uma linha mais sóbria e psicológica, bem pouco inspirada.



Por mais que o resultado final não tenha sido o mais satisfatório, há alguns pontos interessantes aqui, como a dinâmica da direção, o ritmo é muito satisfatório, bem como as atuações e a complexidade de fazer um filme com valor de produção a um baixo custo, sempre apostando em efeitos práticos, muito bem realizados.

A estreia da dupla de irmãos diretores Danny Philippou, Michael Philippou mostrou que eles sabem como engajar e chamar atenção no circuito independente. Por mais que necessitem de algum auxílio no texto para um próximo longa é horizonte interessante.


Confira o trailer:



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