domingo, 29 de novembro de 2015

O Presente | CRÍTICA


O Presente (The Gift) pode ser daqueles filmes que você acaba assistindo meio sem querer, sem expectativas maiores sabendo apenas que se trata de um thriller e pode ser um bom passatempo. E a verdade é que, sim, ele merece uma chance principalmente para admirar o trabalho de Joel Edgerton (Aliança do CrimeO Grande Gatsby) que, pela primeira vez, também está atrás das câmeras. Só cuidado para não esperar muito.


A história gira em torno, a princípio, do casal Simon (Jason Bateman) e Robyn (Rebecca Hall) que compra uma casa bem vistosa, com suas grandes janelas de vidro na Califórnia, próximo de onde ele cresceu. Tão logo, se mudam em busca de uma vida nova, encontram um ex-colega de classe de Simon que gentilmente se faz recordar e trocam telefones. Inicialmente este amigo que parece apenas fazer parte de um reencontro casual, passa a apresentar um comportamento invasivo muito por conta dos presentes que ele insiste em deixar na porta, afetando não somente a privacidade do casal, como também psicologicamente a relação de um com o outro.


O filme apresenta um suspense que consegue cumprir em parte sua função ao provocar tensão e pequenos sustos providos da cabeça de Robyn a qual é a menos favorecida na produção, sem oportunidades muito boas para a própria atriz desenvolver sua personagem. Consegue por vezes prender a atenção que se concentra no que está por vir e aí o problema surge em explicações e conclusões não completamente satisfatórias e situações pouco exploradas que se transformam em incertezas para os espectadores. Por um breve momento, O Presente pode até lembrar Garota Exemplar ao apresentar a dúvida de quem realmente confiar ou desconfiar. Mas apenas isso, ainda faltou muito para chegar ao nível de comparação ao seu antecessor.




A questão é que o espectador dificilmente consegue se envolver pela narrativa por completo. O roteiro visivelmente não está bem amarrado, então faltaram cenas que cativem e comovam mais o espectador apesar de tratar de assuntos interessantes como as consequências do bullying, questões psicológicas e situações passadas dos personagens que voltam para modificar o presente. Os ingredientes ele tem. Porém, mesmo assim, vale a pena ser contemplado o trabalho de Joel Edgerton que não somente escreveu o roteiro, mas dirigiu e atuou como o amigo inconveniente e este sim salva a história.






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